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Mostrando postagens de março, 2017

"Modernização" das relações trabalhistas nos leva de volta à Senzala

Por Marcelo Pereira Como todos sabem, ontem foi aprovada a lei da terceirização, que estende para toda e qualquer situação, inclusive para as atividades-fim, a possibilidade de empresas contratarem outras empresas para realizar o serviço sem ter vínculo empregatício.  É uma medida que poderá reduzir os custos da contratação, mas pode tornar a vida profissional precarizada, com condições análogas a de uma escravidão. Não por acaso, é considerada a revogação não somente da CLT como também da Lei Áurea. Coincidentemente, junto com a aprovação, foi recusada pelo governo de Temer a divulgação da lista das empresas que praticam a escravidão no país. Pode parecer subjetivo estabelecer uma comparação entre a reforma trabalhista e a escravidão, mas alguns fatos existem para comprovar que esta comparação é real, lógica e objetiva. primeiro, porque boa parte dos empresários do país descendem de senhores do engenho dos tempos coloniais, tendo a escravatura como ingrediente ideológico

A diferença entre "dar emprego" e "pagar os outros para trabalhar"

Por Marcelo Pereira Sabe-se que os conservadores vivem defendendo as classes abastadas. Para conservadores, ricos são os "pobres que deram certo", os vencedores de uma suposta luta feroz pela sobrevivência. Sabe-se que isto é uma farsa e que os homens mais ricos do país praticamente nunca batalharam para estar onde estão, enriquecendo por herança, aquisições e até mesmo por desonestidade. É muito frequente os conservadores não ricos, na hora de defender os empresários mais ricos, falarem que os empresários "dão emprego às pessoas", tendo que ser para isso, protegidos em seus interesses e privilégios. Acreditam os conservadores que os empresários são "gente do bem" que "vive de ajudar outras pessoas". Como se pagar um mísero salário de fome em troca de um trabalho pesado, cansativo e humilhante, em condições sub-humanas, além de não raramente insalubre, fosse um favor, uma generosidade. Mas que tal melhorarmos esta retórica para torná