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Mostrando postagens de setembro, 2017

CEO de Engenho

Por Marcelo Pereira Há um mito, defendido pelos conservadores de que as nossas elites são responsáveis, altruístas e altamente interessadas no desenvolvimento do Brasil. É um mito falso, já que nada disso é observado na prática. Se lembrarmos do conservadorismo de nossas elites e do fato de que muitas ideias são passadas de pai para filho, nos lembraremos de que nossas elites não são só conservadoras como bastante retrógradas e pasmem: ignorantes. Na verdade, as elites brasileiras são majoritariamente descendentes dos velhos senhores de engenho. Segundo intelectuais como Jessé de Souza, que lança agora seu novo livro, A Elite do Atraso, da Escravidão à Lava Jato , as nossas elites nunca deixaram de ser escravocratas. É um sonho dos homens mais ricos, sejam brasileiros ou estrangeiros instalados no país, de ter empregados trabalhando de graça, sem a troca de serviço por qualquer tipo de benefício. Claro que este desejo de escravizar as classes dominadas é manifestado de for

O perigoso envolvimento de empresas com causas sociais

Por Marcelo Pereira "Façamos a nossa revolução, antes que os revolucionários as façam" , deve dizer cada um dos capitalistas avessos à distribuições de renda mais justas e o fim das classes sociais. Em um mundo regulado pela moral pseudo-altruística mas ainda bastante ganancioso e que acha que os mais ricos são "vencedores justos" de uma "competição" que se inicia logo ao nascer, é preciso crir um falso equilíbrio entre ganância e generosidade. A partir da segunda metade dos anos 90, as empresas encanaram de se envolver em causas sociais. melhor dizendo, o que as empresas entendem como "causas sociais", geralmente inspiradas na caridade paliativa praticada pelas instituições religiosas. É uma forma de caridade que não melhora a distribuição de renda, não ameaçando a ganância dos mais ricos e a estrutura de poder que os sustenta. Mas para "ficar bem na foto", agradando a opinião pública e agregando confiança alheia, era prec