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Mostrando postagens de 2018

Empreendedor não é sinônimo de Empresário

Por Marcelo Pereira Empreendedor  é a palavra da moda. Ninguém sabe o que é mas sua carga semântica transmite algo agradável. Passa uma ideia de "heroísmo": seria uma espécie de "herói da Administração" Para muitos é sinônimo de "empresário".  Mas sinto dizer: isso é uma farsa. São pouquíssimos os gestores que podem ser chamados de empreendedores. E há não-empresários, gente que não possui meios de produção que merecem ser chamados de empreendedores. Tivemos um presidente com características de empreendedor (pasmem, é o Lula) e teríamos outro, Fernando Haddad. mas o que é ser empreendedor? Ser empreendedor não é ser rico nem ter propriedades. Muito menos significa mandar e estar em posto de comando. Um funcionário pode ser considerado empreendedor se tiver participação significativa no sucesso da empresa em que trabalha. A atividade de empreendedor é a de um sábio, de um organizador. De alguém que enxerga o futuro e se mune de meios para que

Fim do Ministério do Trabalho mostra para que veio Bolsonaro

Por Marcelo Pereira O assunto dos últimos dias nas redes sociais foi o confirmado fim do Ministério do Trabalho pelo governo de Jair Bolsonaro, cujo responsável pelo programa de governo é Paulo Guedes, um ultraliberal na linha de Milton Friedman e que como este, trabalhou para a ditadura de Augusto Pinochet, assim como o irmão do atual presidente do Chile, o capitalista Sebastian Piñera. Ultraliberais nunca foram a favor de trabalhadores. Para os adeptos do ultraliberalismo, forma mais radical de neoliberalismo (que por incrível que pareça, pouco tem do liberalismo tradicional), trabalhadores são como máquinas, sem direitos, sem vontade e que devem ser remunerados de forma mais barata possível.  Este pensamento é o que faz com que gestões ultraliberais sejam tão anti-humanitárias. Como toda ideologia conservadora, que acredita que existem níveis diferentes de seres humanos, com diferentes níveis de aquisição de direitos, os ultraliberais colocam a classe trabalhadora em um

Plano de Bolsonaro impedirá desenvolvimento do Brasil

Por Marcelo Pereira De forma inacreditável, vemos diante de nossos olhos a possibilidade de um governo com características fascistas a se instalar no Brasil. Para completar o absurdo, tal fato se concretizará por decisão do próprio povo que, bastante desinformado, não vê fascismo em Jair Bolsonaro, vencedor do primeiro turno eleitoral e líder das pesquisas, tratando o ex-capitão como mero "salvador da pátria". Como disse, somente a desinformação pode fazer a população em massa a aderir a uma figura com traços fascistas, com claras intenções de prejudicar a população brasileira. O desinteresse pela racionalidade e a preocupação exagerada com pautas moralistas tem feito com que Bolsonaro aumentasse a sua popularidade e representasse uma ameaça real de instalação do fascismo no Brasil. Mas se os admiradores de Bolsonaro pudessem ler todo o programa de governo de seu candidato, sem se limitar com pautas de moralidade e de segurança, perceberão que estarão lutando co

Crise escancara fracasso do Neoliberalismo, forma parasitária do Capitalismo

Por Marcelo Pereira O Brasil está vivendo um triste momento histórico nos últimos dias, que certamente iniciará algum tipo de ruptura, ainda não se sabe de que lado for. Pois o caos instalado pode criar uma ruptura que favoreça a população ou uma ruptura que preserve os interesses dos capitalistas que parasitam toda a economia para que tudo aconteça a favorecer a sua faminta ganância. Economistas sérios - não confunda com banqueiros disfarçados de economistas ou com economistas pagos pela grande mídia a discutir o sexo dos anjos - garantem que o Neoliberalismo está com os dias contados. O contexto do século XXI não comporta uma ideologia baseada na ganância e no lucro imediato. O Neoliberalismo deve ser extinto para que a economia encontre seu rumo e possa beneficiar o maior número de pessoas e não uma meia dúzia de magnatas. A crise de 2008 foi bem sintomática e serve como uma prova real de que o Neoliberalismo é um sistema não apenas obsoleto como nocivo a humanidade. É

A tradição escravocrata de nossos empregadores

Por Marcelo Pereira A Administração sempre se evoluiu em sua história em prol do bem estar do trabalhador. A realidade provou que a economia dá certo quando empregados são bem remunerados e com condições amplas de consumir. Mas os empresários brasileiros de quaisquer níveis se esqueceram deste detalhe e preferiram exalar o instinto escravocrata marcante das elites tradicionais brasileiras. Irritados com os benefícios cedidos pelos governos progressistas às classes trabalhadoras quando na verdade deveriam ficar contentes, o empresariado nacional decidiu, em quase unanimidade, elaborar um golpe político que encerrou o ciclo progressista para resultar nisso tudo que estamos vendo: a volta das forças gananciosas no comando do país, alterando as leis para que apenas a elite fosse beneficiada, às custas do prejuízo do resto da sociedade brasileira. A reforma trabalhista, que considero a pior coisa feita pela gestão golpista de Michel Temer (sob orientação dos capitalistas de lin

Nada a comemorar

Por Marcelo Pereira Hoje deveria ser uma data comemorativa, mas a realidade sugere que temos muito mais a refletir e protestar do que comemorar. Aliás não há motivos para comemorar.  Os verdadeiros trabalhadores, que pegam no peso, na sujeira e nas dificuldades para ganhar um mísero trocado, nunca tiveram vez e voz no sistema Capitalista, criado para beneficiar apenas quem distribui ordens em troca de imensas fortunas nunca justamente distribuídas.  Se tem alguém com motivos a comemorar, são os patrões. Isso até a economia mostrar que fracassa quando o poder de consumo da classe trabalhadora se reduz, fechando as portas de inúmeras empresas dependentes da circulação de dinheiro. As grandes empresas sim, tem que comemorar bastante. Os donos do gigantesco capital são na verdade rentistas e lucram pouco com o movimento da economia. Seus maiores ganhos vem do rentismo, que é a dependência do mercado especulativo (bolsa de valores, juros, ajuda de governos, etc.) e por isso